Aloysio Nunes ouviu atentamente os argumentos apresentados pelos representantes do CFM. Durante a conversa, Henrique Batista e Silva explicou que o Conselho tem feito gestões na área por entender que o médico é um agente político de transformação social. “O CFM, que tem em suas prerrogativas legais defender a Medicina e a Sociedade, tem se voltado com muito afinco com este tema. Buscamos todas as forças institucionais e parcerias para que encaminhe uma solução para este problema social”.
Já Ricardo Paiva chamou atenção para a estimativa de 50 mil desaparecimentos de crianças e adolescentes por ano no país, além da estimativa de quase 40 milhões de crianças desaparecidas no mundo, parte delas traficadas para trabalho escravo contemporâneo e prostituição infantil. Os dois representantes do CFM defenderam ações no âmbito internacional como a realização de uma Conferência Mundial sobre Crianças e Adolescentes Desaparecidos capitaneada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“O Brasil tem um papel de protagonismo na luta pelos direitos humanos, e por essa razão poderia sugerir esse debate ampliado na ONU. Essa conferência proporcionaria a obtenção de um relatório bianual para a construção de possíveis ações de enfrentamento. Com essa organização fechada, conseguiríamos também firmar um protocolo para a atualização e padronização dos Cadastros Nacionais de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, que dialoguem entre si por um único software, conforme os moldes da Interpol”, defendeu Paiva.
Ao final do encontro, o ministro elogiou a ação do CFM e garantiu que a temática será estudada pelo órgão. “Nossa assessoria internacional vai desdobrar esse tema aqui no Ministério das Relações Exteriores. Vamos estudar a maneira mais prática para intercambiar os dados de desaparecidos”, concluiu.
Fonte: Portal CFM