“As crianças são uma prioridade de nossa gestão. O futuro de nossa cidade está nelas e é exatamente por isso que achamos que é tão importante participar de uma campanha como esta. Vamos formalizar uma equipe para avaliar de que forma João Pessoa pode avançar, seja através de palestras com a Guarda Municipal e Conselhos Tutelares, nas escolas, numa articulação com as redes de serviços, enfim, o importante é disseminarmos uma cultura de proteção e defesa de nossas crianças”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo.
Durante a reunião, no Centro Administrativo Municipal (CAM), Ricardo Paiva explicou que a campanha permanente em busca de crianças desaparecidas já vem sendo realizada pelo Conselho e que procura engajar os mais de 420 mil médicos do País nesta luta. “Além de contarmos com os médicos, acreditamos que a campanha pode ganhar uma força maior e, por isso, estamos contando com o apoio do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo”, afirmou.
Ação - A campanha do CFM, focada nos profissionais da Medicina, orienta que os médicos fiquem atentos às fotos que aparecem no Cadastro Nacional do Ministério da Justiça (www.desaparecidos.mj.gov.br), pois as crianças podem passar por uma unidade de saúde, prontos socorros e clínicas do País para um tratamento médico. Outro objetivo da ação é divulgar a Lei Federal nº 11.259/2005, conhecida como ‘Lei da busca imediata’, que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial e não apenas após 48 horas do desaparecimento.
Segundo Ricardo Paiva, com o apoio dos governos municipais, será possível que o Cadastro Nacional de Desaparecimentos realmente funcione efetivamente e seja atualizado. Outra demanda é que todos os boletins de ocorrência com registro de desaparecimento de crianças e adolescentes sejam notificados obrigatoriamente ao Ministério da Justiça. Ele explicou que 46% das meninas que desaparecem são capturadas para exploração sexual em países asiáticos e 42% dos meninos são levados para o trabalho escravo.
Participaram também da reunião, o procurador do Município, Adelmar Régis, a secretária de Educação, Edilma da Costa Freire; o secretário de Desenvolvimento Social, Eduardo Pedrosa, e o adjunto, Vitor Cavalcante. A secretária Edilma destacou que a Sedec tem uma política voltada para o trabalho do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nas escolas para detectar as pistas de que a criança leva para a escola que indiquem qualquer anormalidade, como a questão do abuso e que, agora também irá fortalecer o debate sobre o desaparecimento de crianças, através de palestras e ações educativas.
Fonte: Cremepe